quinta-feira, agosto 29, 2013

Memórias do blogue (VI)



O desalento, em Omar Khayyam


Este texto foi antes publicado em 4 de Novembro de 2003.


Trovas do Desalento é o título de um dos capítulos do Robaiyat , de Omar Khayyam.



 


Condiscípulo de dois outros ilustres do seu tempo, Nizam-al-Mulk, que veio a ser o vizir do califa Malik-Shah, e Hassan Sabbah, o Velho da Montanha, fundador da seita dos assassinos, que comandava a partir da inexpugnável fortaleza de Alamut.

 
Omar, considerado um dos maiores sábios da sua época, matemático e astrónomo reconhecido, a quem o califa entregara a responsabilidade do Observatório Astronómico de Merv, entrou em profundo desalento após o morte do seu amigo vizir, a mando do seu outro amigo, Hassan.
 
É esse desalento niilista, que vos trago hoje nestas duas quadras:
 
 


  • Eu sei que os dias da vida
    passam velozes, ligeiros
    como o tufão do deserto,
    como as águas dos ribeiros.








  • Mas dois há aos quais dedico
    a indiferença mais chã:
    aquele que passou ontem
    e o que há de vir amanhã.





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