segunda-feira, julho 23, 2012

Um poema a cada segunda-feira (LXXXVIII)



O Público divulgou, há alguns anos, uma série de antologias de poesia que encomendara a certas personalidades da vida portuguesa não diretamente relacionadas com a literatura.

É desse manancial que esta rubrica se irá sustentar por algum tempo, confinando-se as minhas escolhas às opções dessa personalidades e a poetas que viveram, ou ainda vivem, sob o bafo civilizacional do séc. XXI.

A primeira vaga proveio da safra de Mário Soares, a que se seguiram Miguel Veiga, Diogo Freitas do Amaral e Urbano Tavares Rodrigues.
Irei terminar com Marcelo Rebelo de Sousa.


  • REFERÊNCIA

Quantas vezes te digo
quantas vezes...
que és para mim
o meu homem amado?


O que chega primeiro
e só parte por vezes
antes de eu perceber
que já tinhas voltado


Quantas vezes te digo
quantas vezes...
que és para mim
o meu homem amado?


Aquele que me beija
e me possui
me torna e me deixa
ficando a meu lado


Quantas vezes te digo
quantas vezes...
que és para mim
o meu homem amado?


Que sempre me enlouquece
e só aí percebo
como estava perdida
sem te ter encontrado
Maria Teresa Horta
Os poemas da minha vida
Marcelo Rebelo de Sousa
Público, Lisboa 2005

Siga-me no twitter
e/ou
Divulgue esta página com um

Sem comentários: