segunda-feira, julho 02, 2012

Um poema a cada segunda-feira (LXXXV)



O Público divulgou, há alguns anos, uma série de antologias de poesia que encomendara a certas personalidades da vida portuguesa não diretamente relacionadas com a literatura.

É desse manancial que esta rubrica se irá sustentar por algum tempo, confinando-se as minhas escolhas às opções dessa personalidades e a poetas que viveram, ou ainda vivem, sob o bafo civilizacional do séc. XXI.

A primeira vaga proveio da safra de Mário Soares, a que se seguiram Miguel Veiga, Diogo Freitas do Amaral e Urbano Tavares Rodrigues.
Irei terminar com Marcelo Rebelo de Sousa.


  • VOL DE NUIT / 2

Formado em direito e solidão,
às escuras te busco enquanto a chuva brilha.
É verdade que olhas, é verdade que dizes.
Que todos temos medo e água pura.


A que deuses te devo, se te devo,
que espanto é este, se há razão para ele?
Como te busco, então se estás aqui,
ou, se não estás, por te quero tida?
Quais olhos e qual noite?
                                     Aquela
em que estivestes por me dizeres o nome.
Pedro Tamen
Os poemas da minha vida
Marcelo Rebelo de Sousa
Público, Lisboa 2005

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