segunda-feira, maio 14, 2012

Um poema a cada segunda-feira (LXXVIII)



O Público divulgou, há alguns anos, uma série de antologias de poesia que encomendara a certas personalidades da vida portuguesa não diretamente relacionadas com a literatura.

É desse manancial que esta rubrica se irá sustentar por algum tempo, confinando-se as minhas escolhas às opções dessa personalidades e a poetas que viveram, ou ainda vivem, sob o bafo civilizacional do séc. XXI.

A primeira vaga proveio da safra de Mário Soares, a que se seguiram Miguel Veiga, Diogo Freitas do Amaral e Urbano Tavares Rodrigues.
Irei terminar com Marcelo Rebelo de Sousa.


  • A MEIO DO CAMINHO

Fico entre o céu e a terra.
Choro só para dentro.
Sou  como a árvore nua
que ao alto os ramos indica:
ergue as asas, mas não voa,
tem raízes, mas não desce.

Alberto de Lacerda
Os poemas da minha vida
Marcelo Rebelo de Sousa
Público, Lisboa 2005

Siga-me no twitter
e/ou
Divulgue esta página com um

Sem comentários: