quarta-feira, abril 20, 2011

Barcos na maré baixa, vazia


(clique na foto se a quiser ver ampliada)

Barcos na maré baixa, vazia, é como se fossem carros sobre estradas que levassem a nenhum lado e os reflexos de luz nas poças de água são mero fogo fátuo, sem substância nem calor. Vaga miragem.

Vida sem perspetivas, ausência de estratégia, navegação de cabotagem. Braços pendentes aguardando melhores dias que nunca mais hão-de chegar por falta de energia, de uma ideia partilhada, de uma consciência coletiva, por incapacidade de inovar e renovar. Protestar, acusar ou exercer oposição sem propor alternativa ou justificar o seu modelo. Entretenimento como paliativo e faz-de-conta que estou contra.

A crise não é culpa; é consequência. Consequência de todos nós.

P.S. O autor destas linhas afirma que qualquer semelhança que se pretenda atribuir entre o que se diz neste texto e pessoas, individuais ou coletivas, instituições, públicas ou privadas, responsáveis por esssas instituições, gente comum e seus estados de alma, jovens à rasca ou mesmo rascas, ausência de vida coletiva e sobretudo de vida cultural, insuficiência de massa crítica, mediocridade e mesquinhez, boatos de vizinha ou de mesa de café, jogos de poder, resultados de futebol ou programas de televisão, tema de conversa à noite, no bar ou nas redes sociais, conflitos por "dá cá aquela palha"... são pura e mera coincidência.

Siga-me no twitter
e/ou
Divulgue esta página com um

Sem comentários: