quinta-feira, julho 31, 2008

Ainda no hotel, no Porto


Antes de prosseguir com outras incursões pela cidade do Porto quero mostrar-vos o salão a que acedemos para tomar o pequeno-almoço.

Um charme, não é?

À margem da publicidade, deixo-vos também um link para o site (clique) do hotel, onde podereis apreciar outras fotos e, quem sabe, vir a seguir a minha rota.

O espaçamento das minhas "crónicas" deve-se sobretudo à preguiça, mas são fruto desta época calma, de férias e de Verão.

segunda-feira, julho 28, 2008

E o Porto aqui tão perto...

Com um casal amigo fui passar o fim-de-semana ao Porto.

Ali chegados dirigimo-nos ao hotel que tínhamos reservado, em pleno centro da cidade, na Rua de Santa Catarina.
O hotel já era conhecido deste amigo com quem viajei, que já ali se tinha instalado há uns 15 anos atrás e escolhemo-lo, não só pela sua localização tão central, mas pela sua particularidade de hotel de charme, pelo seu ar decadente, de um kitsche típico de "casa de brasileiro" das primeiras décadas do século passado.

Ei-lo, ao cair do sol, para lá dos muros que o separam do bulício da rua, oculto dos olhares dos transeuntes, acessível através de um largo e pesado portão de ferro, pintado a verde.



Ultrapassadas as breves formalidades da recepção, aguardavam-nos estas acolhedoras cadeiras, junto aos quartos, num jardim envolvente, tendo atrás uma pequena ermida que ostentava uma particular devoção pelo culto do "Divino Espírito Santo".
Refrescámo-nos!

terça-feira, julho 15, 2008

Que viva o JAZZ!


A foto, batida com a câmara do telemóvel no Estádio da Restinga, em Alvor, regista a presença dos Manhattan Transfer.

Um som caído em desuso, produzido por quatro excelentes vozes, duas masculinas e duas femininas, preenchendo o habitual espectro vocal, num tricotar de sons distintos que determinam esse harmónico, de sabor antigo, num swing que o piano ou o órgão electrónico, o contrabaixo, a guitarra eléctrica e a bateria acentuam e forçam o bater das palmas, a cadência e o ritmo que os pés, as ancas e com eles todo o corpo assume, num desvario que só os grandes músicos e as grandes músicas conseguem provocar só por si, sem apelos externos, sem batidas extras, sem piscar de luzes, sem nomes daqueles com que nos bombardeiam todos os dias nas rádios e nas televisões, fazendo prevalecer os gostos de ocasião, tão ao gosto dos gostos que duram o tempo de uma campanha publicitária.

Que viva a música! Que viva o Jazz!

Route 66 - The Manhattan Transfer

terça-feira, julho 08, 2008

Aniversários e reconhecimentos...

Apesar da aridez que me costuma assaltar quando chega o tempo quente e de um quase permanente descontentamento com o que me cerca e não me apetece comentar, consegui trazer este blog até ao seu 5º aniversário.

Acontece ainda que o google me alertou para outro aniversário, o de Marc Chagall, ocorrido neste dia em que escrevo, a poucos minutos da meia-noite.

The Promenade, Marc ChagallFecho os olhos e situo-me em Londres, em Abril passado, na Royal Academy of Arts, no período em que esteve patente a exposição - From Russia - a que já aqui fiz referência e onde pude contemplar, ao vivo, esta "Promenade" que olho agora e preenche uma página inteira do catálogo dessa exposição.
Aqui fica esta breve expressão do meu reconhecimento.

Obs.: A foto, contudo, não é a do meu catálogo, mas do blog O Século Prodigioso, um incrível repositório de arte contemporânea, em Marc Chagall.

Paraíso, Companhia Olga Roriz, © Rodrigo CésarUma nota de reconhecimento ainda a Olga Roriz e à sua companhia, que estiveram em Faro no passado fim-de-semana, no Teatro das Figuras, com Paraíso, num trabalho de "desconstrução" dos conceitos e estéticas associados ao "musical americano", numa toada irónica e desconcertante, a provocar o riso, e a deixar na memória belíssimos apontamentos cenográficos, cénicos e coreográficos, servidos por um grupo de profissionais da mais elevada competência.
Um prazer!!!

quarta-feira, julho 02, 2008

Sophia, sempre!

Há quatro anos que Sophia partiu.
Quero recordá-la na sua suavidade, na forma tranquila como, neste poema, se referia à própria morte.


  • Sei que estou só e gelo entre as folhagens
    Nenhuma gruta me pode proteger
    Como um laço deslaça-se o meu ser
    E nos meus olhos morrem as paisagens.

    Desligo da minha alma a melodia
    Que inventei no ar. Tombo das imagens
    Como um pássaro morto das folhagens
    Tombando se desfaz na terra fria.

Sophia de Mello Breyner Andresen
Quinze Poetas Portugueses do Século XX
(Selecção e Prefácio de Gastão Cruz)
Assírio & Alvim, 2004